sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ferrovia Leste Oeste

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste dinamizará o escoamento da produção do estado da Bahia e servirá de ligação dessa região com outros polos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá 1.527 km de extensão e envolverá investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até 2014.
A ferrovia ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras – no estado da Bahia – a Figueirópolis, no estado do Tocantins, formando um corredor de transporte que otimizará a operação do Porto de Ponta da Tulha e ainda abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás.
O que é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste?
Trata-se de uma ferrovia a ser construída pelo governo federal ligando Ilhéus (BA) a Figueiropólis, no estado do Tocantins, cortando toda a Bahia no sentido Leste-Oeste. A ferrovia vai percorrer, ao todo, 1.500 quilômetros, tendo como zona de influência 49 municípios baianos num trecho de 1.100 quilômetros. A nova linha férrea interligará o Porto Sul, a ser construído na Ponta de Tulha (ao norte de Ilhéus) ao Brasil Central, podendo, futuramente, interligar-se com uma rede que chegará ao Oceano Pacífico, promovendo uma maior integração da América do Sul.
Quando surgiu a idéia de construir a ferrovia?
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) foi idealizada na década de 50 do século passado, pelo professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e deputado federal por quatro mandatos consecutivos (1970-1986), Vasco Neto, que faleceu em 01 de outubro de 2010.
Quem irá construir a ferrovia e qual a origem dos recursos?
A responsável pela construção é a Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, uma empresa do governo federal, e os recursos são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Qual a previsão de investimento?
A estimativa é de R$ 6 bilhões (valor global) e de aproximadamente R$ 4,2 bilhões no trecho baiano.
Qual será a área de influência da ferrovia?
Trecho na Bahia = 1.100 km
Municípios: Barreiras, Correntina, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Coribe, Guanambi, Malhada, Palmas de Monte Alto, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória, Santana, São Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Aracatu, Brumado, Caetité, Dom Basílio, Ibiassucê, Ituaçu, Lagoa Real, Livramento de Nossa Senhora, Pindaí, Rio do Antônio, Barra da Estiva, Contendas do Sincorá, Iramaia, Jequié, Manoel Vitorino, Maracás, Mirante, Tanhaçu, Aiquara, Aurelino Leal, Barra do Rocha, Gongogi, Ibirapitanga, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itagi, Itagiba, Jitaúna, Ubaitaba, Ubatã e Uruçuca.
Trecho no Tocantins = 400 km
Municípios: Alvorada, Arraias, Aurora do Tocantins, Combinado, Conceição do Tocantins, Figueirópolis, Gurupi, Lavandeira, Novo Alegre, Paraná, Peixe, Ponte Alta do Bom Jesus, Sucupira, Taguatinga e Taipas do Tocantins, além de Campos Belos (GO).
Quais as vantagens da construção da Fiol para o Estado da Bahia?
Entre as vantagens previstas estão a redução de custos do transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da competitividade dos produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios, aproveitando sua conexão com a malha ferroviária nacional.
Por outro lado, a ferrovia promoverá a dinamização das economias locais, alavancando novos empreendimentos na região, com aumento da arrecadação de impostos, além de geração empregos. A ferrovia deve fomentar ainda mais o desenvolvimento agrícola do oeste da Bahia.
Quais os tipos de carga devem ser transportadas pela ferrovia e qual a capacidade de movimentação inicial?
A Fiol facilitará o escoamento de grãos, minérios e biocombustíveis produzidos no oeste, sudoeste e sul da Bahia, além de se consolidar como uma alternativa ao escoamento da produção agroindustrial do Centro-Oeste brasileiro. Quanto à importação, a ferrovia transportará fertilizantes, derivados de petróleo do litoral para o oeste baiano e outros insumos. A capacidade de movimentação inicial é de 40 milhões de toneladas por ano.
Com a ferrovia em funcionamento, há perspectivas de redução no custo de transporte de mercadorias e insumos?
Sim. O custo médio no transporte das mercadorias é 30% menor que o transporte rodoviário, com a vantagem de ser mais regular, seguro e até mais rápido, uma vez que requer uma logística de transbordo moderna e eficiente, com benefícios para os produtores, para a indústria, o comércío  e os consumidores em geral.
Quantos empregos devem ser gerados?
Cerca de 30 mil empregos diretos.
Qual o prazo de conclusão?
A previsão da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A é 2012.

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