A Agência Metropolitana de Belo Horizonte (Agência RMBH) iniciará nos próximos dias os estudos para a implantação do transporte ferroviário de passageiros na Grande Belo Horizonte. O trabalho consumirá recursos de R$ 1,5 milhão e deverá ser finalizado em nove meses.
O projeto consiste na utilização compartilhada dos trilhos usados pelos trens de cargas para o transporte de pessoas entre os municípios da região como forma de melhorar a mobilidade urbana. Somente na RMBH, a malha ferroviária abrange 22 cidades e possui 330 quilômetros de extensão.
De acordo com o diretor de Planejamento Metropolitano, Articulação e Intersetorialidade da Agência RMBH, Adrian Machado Batista, esta será a primeira fase dos estudos, que serão feitos através de parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O financiamento será feito por meio do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano, com recursos do governo estadual e dos municípios.
Além disso, conforme ele, está em análise um termo de cooperação técnica com o Ministério dos Transportes, que deverá financiar o restante dos estudos de viabilidade do projeto. Batista, porém, não revela os recursos necessários para concluir os trabalhos.
Conforme o diretor da agência, diversos fatores serão avaliados pelos técnicos. Entre eles estão as condições e o nível de utilização dos trilhos na região metropolitana.
Segundo Batista, o uso compartilhado das ferrovias seria uma opção mais barata em relação ao metrô, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana da região. "Mas teria menor capacidade", pondera.
Segundo Batista, o uso compartilhado das ferrovias seria uma opção mais barata em relação ao metrô, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana da região. "Mas teria menor capacidade", pondera.
Ele explica que após o projeto básico ser finalizado, a agência pretende criar um modelo de parceria público-privada (PPP) para tirar a ideia do papel. A malha ferroviária da RMBH está em regime de concessão para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), MRS Logística e Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
Colar metropolitano -Na avaliação do membro das comissões de Transporte da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), o engenheiro José Antônio da Silva Coutinho, todas as soluções que possam melhorar as condições de mobilidade são válidas. "O metrô e o BRT (Bus Rapid Transit) sozinhos não resolvem", diz. Conforme ele, a alternativa representa 16% do custo para implantar o metrô.
Colar metropolitano -Na avaliação do membro das comissões de Transporte da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), o engenheiro José Antônio da Silva Coutinho, todas as soluções que possam melhorar as condições de mobilidade são válidas. "O metrô e o BRT (Bus Rapid Transit) sozinhos não resolvem", diz. Conforme ele, a alternativa representa 16% do custo para implantar o metrô.
Coutinho também afirma que, ao pensar em melhoria da mobilidade, não é possível levar somente em consideração o município de Belo Horizonte.
Ele ressalta que além da RMBH, o uso compartilhado dos trilhos pode beneficiar outros municípios de Minas Gerais. Coutinho, que também foi diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foi um dos criadores do atual projeto de compartilhamento das ferrovias para o transporte de passageiros no Estado quando estava à frente do programa "Trens de Minas" do governo estadual.
Baseado em estudo feito originalmente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Projeto Ferroviário de Passageiros de Interesse Regional identificou quatro trechos que podem atender 129 municípios mineiros.
Estes trechos seriam entre Divinópolis (região Centro-Oeste) e Sete Lagoas (região Central do Estado), Belo Horizonte e Viçosa (Zona da Mata), Belo Horizonte e Costa Lacerda e entre Belo Horizonte e Jeceaba (Alto Paraopeba).
Fonte - Diário do comercio.
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