O Veículo
Leve Sobre Trilho (VLT), que vai circular na cidade a partir de 2014, terá
modelo europeu de cobrança de passagem.
Assim como
acontece em países como Inglaterra, Alemanha e Suíça, o passageiro terá livre
acesso ao transporte, porque não haverá cobrador ou catracas nos pontos de
embarque e desembarque, nem nos trens. O usuário terá a responsabilidade de
comprar o cartão em máquinas de venda e validá-lo dentro do vagão.
E a empresa que
vencer a licitação para operar o sistema ainda vai definir se fiscais vão dar
"incertas" nos passageiros ou se ficarão fixos nos trens para
controlar quem comprou a passagem. O edital da concorrência pública deve ser
publicado ainda este mês.
A aquisição do
cartão poderá ser feita em todos os postos de venda do Bilhete Único, nas
paradas do VLT, que terão máquinas de venda, ou ainda nos guichês das quatro
estações do novo sistema, localizadas na Praça 15, Rodoviária, Central e
Aeroporto Santos Dumont.
O assessor
especial da presidência da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do
Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Alberto Silva, disse que há uma aposta na
mudança de comportamento das pessoas.
“Sem ironia.
Estamos fazendo essa aposta. Isso significa uma mudança cultural. A concessionária
é que vai oferecer o modelo de fiscalização. Se vai colocar um fiscal em cada
trem, se fará isso aleatoriamente ou se adotará detector de trambique, não
sei”, disse.
Em Berlim,
capital alemã, se o passageiro não comprar o tíquete ou circular no trem sem
validá-lo e for flagrado, tem que desembolsar o equivalente a cerca de R$ 120
em multa.
No Rio, no
entanto, o valor ainda não foi definido e, segundo Silva, qualquer punição
esbarrará na lei. Aqui, a empresa administradora do sistema só terá o poder de
retirar o usuário ‘caloteiro’ do vagão.
“Quem pune é o
Estado, a prefeitura, não a empresa. É preciso decidir como isso será feito no
Rio”, disse Silva.
Desenho de uma das quatro estações fechadas do VLT | Foto: Divulgação |
A tarifa do VLT
não foi estipulada, mas calcula-se que, com Bilhete Único, deverá custar entre
R$ 3 e R$ 4,40. O cartão de integração intermunicipal terá que ser usado no
prazo de duas horas. A distância média entre as paradas será de 400 metros.
Cada vagão
comportará até 450 passageiros, e o tempo máximo de espera vai variar de 5 a 15
minutos. Serão comprados 32 bondinhos elétricos, que vão percorrer 30 km.
No edital de
licitação do VLT , está prevista a integração tarifária com os sistemas de
transporte das barcas, SuperVia, metrô, ônibus municipal e metropolitano. Os
trens terão acessibilidade e ar-condicionado em todos os vagões.
A previsão é de
que primeira etapa de instalação seja concluída em 2014, com duas linhas em
funcionamento: Vila de Mídia-Cinelândia via Praça Mauá e Central-Praça Mauá via
Túnel da Providência. As outras quatro entrarão em operação até 2016.
Quem ganhar a
licitação terá que adquirir os bondinhos e o trilhos. A implantação do novo
meio de transporte tem custo avaliado em R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 500 milhões
federais, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e o
restante viabilizado por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada).
Túnel da Saúde: galeria com seis pistas, três em cada sentido, com o
leito do VLT passando no meio | Foto: Divulgação
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Túnel do VLT
será entregue no mês que vem, a expectativa é de que o túnel do VLT ao pé do
Morro da Providência, do lado da Cidade do Samba, seja entregue. Cerca de 86%
da obra de reforma já foram concluídos.
Por muitos anos,
o local serviu de lixão para os moradores da região. Tanto que foi preciso
fazer uma limpeza antes de os operários começarem a trabalhar. O túnel era
usado pela rede ferroviária e foi desativado nos anos 80. A passagem será para
VLT, mas terá uma faixa dedicada a pedestres. As duas primeiras linhas do
bondinho vão passar por ali.
15/11/2012 - O Dia
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