A estatal Valec vai divulgar, em 15 dias,
um edital para compra de 240 mil toneladas de trilhos. A aquisição será
dividida em oito lotes, com 30 mil toneladas em cada um. A estimativa é de que
a aquisição total exija um desembolso de mais de R$ 760 milhões. Três lotes de
trilhos serão usados para a construção do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul,
entre os municípios de Anápolis (GO) e Estrela D'Oeste, no interior de São
Paulo. Outros cinco lotes serão destinados à Ferrovia de Integração Oeste-leste
(Fiol), em construção na Bahia.
Em entrevista ao Valor PRO, serviço em
tempo real do Valor, o presidente da Valec, Josias Cavalcante, disse que a
expectativa é realizar a licitação dos trilhos até a segunda quinzena de
agosto, com a assinatura do contrato até meados de outubro. Nosso plano é de
que as primeiras remessas de trilhos cheguem ao país entre dezembro e início de
2014, disse Cavalcante.
Como o Brasil não fabrica trilho, a licitação será internacional. O fabricante que vencer o leilão terá que se responsabilizar pela entrega do material até os portos do Brasil. A partir daí, a Valec vai contratar um serviço de logística que se encarregará de levar o material até os canteiros de obra.
Como o Brasil não fabrica trilho, a licitação será internacional. O fabricante que vencer o leilão terá que se responsabilizar pela entrega do material até os portos do Brasil. A partir daí, a Valec vai contratar um serviço de logística que se encarregará de levar o material até os canteiros de obra.
A licitação representa uma vitória para a
estatal, que nos últimos meses enfrentou embates para revogar as duas
licitações que havia realizado no início deste ano. As licitações ficaram
retidas em auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que
encontrou irregularidades no processo. O consórcio formado pela empresa
brasileira PNG e a fabricante chinesa Pangang, que tinha apresentado proposta
nas duas licitações, chegou a questionar administrativamente a paralisação dos
leilões pela Valec, mas a estatal conseguiu revogar os leilões.
Nas últimas semanas, informações veiculadas
na imprensa deram conta de que Josias Cavalcante e membros da diretoria da
Valec seriam substituídos. Perguntado sobre o assunto, o ministro dos
Transportes, César Borges, disse que seu ministério não tem nenhum plano de
troca de comando na estatal. Essa conversa nunca existiu. Não muda nada na
Valec, disse.
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