quarta-feira, 8 de abril de 2015

China investe em ferrovia no Brasil e quer ferrovia Transcontinental para grãos e minerios.



Reduzir para US$ 30 o preço da tonelada de grãos exportado para a Ásia. Essa é uma das metas do governo brasileiro e do governo chinês com a Ferrovia Transoceânica, ou Ferrovia Transcontinental, que terá 5,3 mil km, dos quais 2,9 mil km passando pelo Brasil. A ferrovia será construída em seis anos e ligará o litoral norte do Rio de Janeiro à malha ferroviária do Peru passando pelas cidades de Uruaçu (GO), Vilhena (RO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC) e Boqueirão da Esperança (Fronteira Brasil-Peru). A Ferrovia Transcontinental ainda integra a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fiol) que sai de Ilhéus (BA) ligando-se à Ferrovia Norte-Sul em Figueirópolis (TO).
A ideia do trecho ferroviário ligando os oceanos Atlântico e Pacífico surgiu em 2007. Já em 2009 o trecho entre Uruaçu (GO) e Vilhena (RO) teve seu pré-projeto concluído e foram estimados que a extensão desse trecho será de 1.500 quilômetros a um custo de R$ 5,25 bilhões em bitola larga permitindo uma velocidade de até 120 km/hora.
A Ferrovia Transoceânica teve início com protocolo assinado entre os presidentes da China, Xi Jinping, e do Peru, Ollanta Humala, assinaram em novembro de 2014 um memorando de entendimento para a criação de um grupo de trabalho trilateral, que permitirá o avanço do projeto de conexão ferroviária bioceânica entre Peru e Brasil com participação chinesa.
Este foi um dos sete acordos que Xi e Humala assinaram na reunião realizada no Grande Palácio do Povo de Pequim. O roteiro faz parte da visita oficial que o líder peruano realiza à China após sua participação na cúpula do fórum da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na sigla em inglês).
Corredor
Com a assinatura do memorando do grupo de trabalho sobre a ferrovia bioceânica, mais um passo foi dado na iniciativa de construção de um corredor que atravesse a América do Sul entre Peru e o Brasil e conecte os oceanos Atlântico e Pacífico. O acordo trilaterial foi assinado pelo Ministério de Transportes e Comunicação do Peru, o Ministério dos Transportes do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China.
Em julho do ano passado, os presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Dilma Roussef (PT), já haviam assinado um memorando que permite o investimento de empresas chinesas em ferrovias brasileiras. A CRCC (China Railway Construction Corporation) assinou com a Camargo Corrêa um termo de acordo para estudar a formação de consórcios para disputar leiões de concessões de trechos de ferrovias.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o primeiro negócio que o futuro consórcio pode disputar é o leilão do trecho de ferrovia que liga Lucas de Rio Verde (MT) a Campinorte (GO), na Ferrovia Norte-Sul. Outros cinco trechos despertam o interesse dos chineses nos próximos anos, entre eles a Ferrovia Transoceânica e outros ramais da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), com 1.527 km de extensão, estabelecerá à comunicação entre o porto em Ilhéus e as cidades baianas de Caetité e Barreiras a Figueirópolis, no Tocantins, ponto de interligação dessa ferrovia com a FNS.
(Com informações da Valec e jornal Folha de S.Paulo).

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