08/05/2013 -
Extra
O BNDES poderá
ser sócio dos consórcios que vão disputar os leilões de concessão da área de
logística que deverão ter início no país no segundo semestre deste ano. Segundo
Luciano Coutinho, presidente do banco, o braço de participações societárias do
banco, o BNDESPar, poderá ajudar a dar mais fôlego a grupos brasileiros que
tenham ambição de ser operadores multimodais, figura que surgiu com o Programa
de Investimentos em Logística (PIL), lançado no ano passado.
A demanda
reprimida para esses projetos de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos,
indica que o risco de demanda em investimentos desse tipo é muito baixo, disse
ele, ponderando que o Brasil tem hoje empresas atuando em concessões de
rodovias ou ferrovias, por exemplo, mas que precisariam de uma escala
financeira maior dentro do PIL.
— Nós, de nossa
parte, ofereceremos financiamento de longo prazo e, de outro lado, nos
interessa fortalecer a estrutura de capital dos investidores privados — disse
Coutinho, que esteve hoje na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
No caso dos
primeiros leilões de aeroportos, no ano passado, o governo foi contra a
participação do BNDES como sócio dos concessionários de Guarulhos, Brasília e
Viracopos. Coutinho explicou que, no caso dos aeroportos, entre os concorrentes
estavam gigantes internacionais, diferentemente do cenário para as concessões
de rodovias e ferrovias.
— Neste momento
são (empresas) um pouco especializadas, mas elas estão se requalificando
enquanto empresas de logística integrada, que querem operar em todos os modais.
Temos algumas empresas que já têm performance e podem ser líderes, diante dos
investidores internacionais.
A possibilidade
de participação do BNDESPar como sócio dos concessionários do PIL é mais uma
medida que o governo toma para aumentar o apetite da iniciativa privada pelos
leilões, que já foram atrasados, mas deverão ter início ainda este ano, para o
setor de ferrovias.
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