A agenda econômica do governo até o fim do ano tem um
único item na pauta e chama-se concessões. As atenções estão agora na
construção de um 2014 em que a economia, se não ajudar, pelo menos não
atrapalhe o calendário eleitoral.
Nesse raciocínio, o sinal capaz de melhorar
tanto expectativas do mercado financeiro quanto da população são bons
resultados nos leilões de concessão do segundo semestre.
O calendário de concessões do segundo
semestre começa em agosto, com o trem-bala, que ligará o Rio de Janeiro, São
Paulo e Campinas. Aeroportos do Galeão (Rio) e de Confins (Belo Horizonte) irão
a leilão em outubro. No caso das ferrovias, a maior parte ocorrerá em 2014.
Do ponto de vista prático, as concessões
devem ajudar na entrada de dólares, podem suavizar um pouco a desvalorização do
real, além de contribuir para um ajuste menos volátil à nova política monetária
do governo americano.
Dessa forma, o auge da campanha eleitoral
não será dominado por termos como inflação e desemprego. Críticas da oposição
ao baixo crescimento econômico são esperadas, mas o governo acredita que elas
podem ser esterilizadas por uma sensação de bem-estar da população e inflação
debelada.
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