A implantação do metrô de superfície em
Sorocaba, o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), ganhou boa aceitação verbal,
tanto da empresa que tem a concessão da linha férrea que passa em Sorocaba, a
Rumo, como do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). O
aceno positivo à instalação desse meio de transporte foi conquistado em reunião
na manhã da quarta-feira (29) entre o prefeito José Crespo, diretores da Rumo,
do DNIT e secretários municipais. “A reunião foi muito melhor do que a
expectativa, com essa sinalização positiva vamos caminhar todos juntos”,
comemorou o prefeito.
O
secretário de Planejamento e Projetos da Prefeitura, Luiz Alberto Fioravante,
explicou que agora acompanhará o prefeito em visita ao Dnit em Brasília, para
tratar da assinatura de um documento entre a Prefeitura, o Dnit e a
concessionária Rumo, que depende da aprovação da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) para oficializar no papel o acordo que
possibilitará ao município implantar e operar o VLT utilizando a malha
ferroviária já existente na cidade de Sorocaba.
O
secretário Fioravante explicou que, partir da assinatura entre as partes, a
própria Secretaria de Planejamento e Projetos vai fazer o projeto de
viabilidade econômica e o projeto técnico. O passo seguinte será o projeto
executivo a ser realizado entre a Secretaria de Planejamento e Projetos e a
Secretaria de Mobilidade e Acessibilidade, a qual pertence a Urbes – Trânsito e
Transportes. A gestão do VLT será da Urbes, segundo explicou Luiz Fioravante. “É
um sonho de todos nós e principalmente do povo. Vamos trabalhar para isso”,
ressaltou o prefeito José Crespo.
O
prefeito explicou que o VLT vai ser mais uma opção de transporte para o
percurso Leste-Oeste da cidade, enquanto o BRT ligará as regiões Norte-Sul. Os
dois tipos de transporte (modais) estarão interligados, dando a possibilidade
dos passageiros usarem ambos. De acordo com os estudos da Secretaria de
Planejamento e Projetos, o VLT municipal poderá compartilhar os trilhos do
transporte de cargas sem prejuízo para ambos.
O
coordenador geral de patrimônio ferroviário do Dnit, José Luiz de Oliveira,
disse que “o melhor e único encaminhamento para esse trecho (da ferrovia em
Sorocaba) é o transporte em VLT. Explicou que agora é preciso da formalização do
entendimento entre as partes, e a aprovação da ANTT, para dar sequência à
implantação. “O VLT no Brasil já existe. O compartilhamento de trens de
passageiros com carga também. Esse será o primeiro compartilhamento de VLT com
carga”, declarou.
O
gerente de relações governamentais da Rumo, Emanoel Tavares, afirmou que a
tendência é levar a malha viária de carga para fora da cidade e que vê com bons
olhos a proposta da Prefeitura. Observou que Sorocaba tem uma linha dupla de
trilhos, bem estruturada. “O caminho é esse. O projeto de vocês traz
facilidades, não traz dificuldades (como o de carga)”, avaliou. Ele levará a
proposta do VLT para o conhecimento da direção da Rumo.
O
secretário de Mobilidade e Acessibilidade, Wilson Unterkircher Filho, ressaltou
a importância da conquista da boa aderência, tanto da concessionária (Rumo)
como do órgão que gere o assunto (DNIT). Acrescentou que agora será trabalhar
os estudos de viabilidade. Também presente na reunião, o presidente da Câmara,
o vereador Rodrigo Manga elogiou o projeto do VLT de Sorocaba e disse que vai
propor aos demais vereadores a criação de comissão para acompanhar esses
trabalhos. E colocou a Câmara Municipal à disposição.
Além
dos já citados, também participaram da reunião o secretário de Comunicação e
Eventos, Eloy de Oliveira, o secretário de Cultura e Turismo, Werinton Kermes,
e profissionais das diversas secretarias municipais envolvidas. Da
concessionária Rumo também estiveram presentes o coordenador de relações
governamentais, Marcelo Arthur Fiedler e o especialista em relações
governamentais, Marcelo Rodrigues. E do DNIT, o engenheiro de projetos
ferroviários, Elias Fadel.
Entenda
como vai funcionar o VLT
Durante a apresentação, o secretário Fioravante demonstrou que o VLT, ou o
“bonde moderno” como ele também definiu, circulará dentro de Sorocaba, desde a
região próxima de George Oeterer em Iperó, até o bairro Brigadeiro Tobias.
Nesse percurso haverá vários modernos pontos de embarque e desembarque de
passageiros, inclusive utilizando Estação Ferroviária no centro e um ponto de
embarque e desembarque no Alto da Boa Vista, que concentra os serviços
administrativos da cidade, com o ponto final na estação desativada de
Brigadeiro Tobias.
Ainda
explanou que o VLT chegará à velocidade de 70 km/h e poderá ter capacidade de
transportar de 250 a 350 passageiros, conforme o modelo a ser escolhido. Ele
funcionará a energia elétrica do sistema de distribuição da CPFL Piratininga,
ou seja, não vai gerar poluição ambiental e nem sonora, já que é um veículo silencioso.
Poderá ter até sete vagões, todos interligados, equipado com ar condicionado,
sinal de internet sem fio, tomadas para carregar de celular e sistema de
segurança com vigilância interna por câmera de vídeo e completa comunicação com
as estações e centros de controles. As plataformas de embarque ou desembarque
terão 45 metros ou 35 metros.
O
estudo preliminar foi elaborado pelos profissionais da Secretaria de
Planejamento e Projetos da Prefeitura sob a liderança do secretário Luiz
Alberto Fioravante. A apresentação multimídia foi preparada pela Secretaria de
Comunicação e Eventos. O engenheiro de projetos ferroviários, Elias Fadel, de
forma muito elogiosa, disse que nunca imaginou que profissionais de uma
Prefeitura pudessem desenvolver um estudo tão completo e com detalhamentos
técnicos ferroviários. Fadel fez muitos elogios aos resultados do estudo.
Fonte - http://agencia.sorocaba.sp.gov.br
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